Segurança em sistemas elétricos industriais: 5 dispositivos essenciais

Quando falamos em segurança de sistemas elétricos, uma coisa é certa: uma instalação industrial é um dos ambientes mais desafiadores para garanti-la. E isso se deve a alguns fatores, como por exemplo:

  • Temperaturas ambiente e de processo mais altas, especialmente em indústrias química, farmacêutica, de alimento e bebidas, metal-mecânica, etc.
  • Requisitos de energia mais altos: máquinas industriais, como motores elétricos, compressores de ar, unidades de resfriamento e elementos de aquecimento, consomem muito mais energia da rede do que eletrônicos domésticos e comerciais. Consequentemente, o risco de transientes de tensão, condições de sobrecarga e curtos-circuitos é significativamente maior.
  • Maior Risco de Incêndio: dispositivos e equipamentos elétricos utilizados em áreas combustíveis, como refinarias e indústrias de processamento de produtos químicos, correm um risco significativamente maior de combustão devido a faíscas e efeitos de aquecimento na eletrônica interna e na fiação elétrica.

Por isso, além de adotar medidas internas, seguir rigorosamente as normas aplicáveis e realizar manutenções preventivas, invista em dispositivos que garantam a segurança da sua instalação, equipamentos e trabalhadores. Listamos aqui 5 deles que não podem faltar:

  1. Disjuntores

Encontrados em todos os tipos de instalações elétricas, desde residências até grandes indústrias, os disjuntores são indispensáveis. Eles são os principais responsáveis pela proteção de redes e podem atuar, ainda, como seccionadores em painéis e outras instalações.

Os disjuntores protegem as instalações contra dois principais fenômenos: curtos-circuitos e sobrecargas. E para realizar essa proteção, cada disjuntor é desenvolvido para trabalhar com uma determinada corrente nominal.

Caso a corrente que passa pelo dispositivo ultrapasse esse valor, o disjuntor secciona (“abre”) o circuito, interrompendo, assim, o fluxo de energia na rede. Desta forma, todo o sistema é desligado e evita-se danos em componentes, fiação e até ao operador do sistema.

Existem diferentes tipos de disjuntores, para aplicações distantes e um bastante conhecido são os Disjuntores de Caixa Moldada.

Disjuntores de Caixa Moldada

Muitos mais robustos que disjuntores convencionais, os Disjuntores de Caixa Moldada são muito utilizados em Painéis Elétricos e aplicações Industriais. Um grande exemplo desses disjuntores é a EasyPact EZS, uma linha de disjuntores de caixa moldada fáceis de se especificar e que garantem proteção até os 600A.

  • Relé Térmico

Quando o assunto é Motores Elétricos, não podemos deixar de falar deles, os Relés Térmicos. Estes dispositivos evitam o sobreaquecimento destes equipamentos, monitorando a corrente em seus terminais e desarmando o circuito caso necessário.

Mas como esse aquecimento pode ocorrer? Quando um motor trabalha com cargas acima da sua carga nominalou por alguma razão tem seu eixo travado, o aquecimento começa a acontecer. Com o aumento de trabalho, ele demanda mais corrente da rede para compensar esse esforço, gerando calor em suas bobinas e podendo causar um derretimento na sua isolação e até um curto-circuito interno.

Relés Térmicos

Para evitar esses danos, os relés desarmam o circuito de potência do motor antes que este aquecimento cause algum dano. Mas, para isso, é importante dimensionar os Relés corretamente de acordo com a aplicação e carga trabalhados. Além da segurança, esses dispositivos também trazem algumas vantagens:

  • Limite de Corrente Ajustável – A corrente elétrica suportada pode ser ajustada diretamente na face do dispositivo.
  • Botão de Teste – Os relés possuem também na sua face, um botão que simula uma sobrecarga e permite realizar um teste no dispositivo, para garantir que o mesmo está funcionado corretamente.
  • Contatos NA/NF – Para alertar o operador do seu acionamento, os relés também permitem conectar alarmes ou sinaleiros em seus contatos.
  • Disjuntor Motor

Os Disjuntores Motores são dispositivos dedicados a motores elétricos, que englobam em sua proteção as funções de Contator, Relé Térmico e Disjuntor.

Eles possuem dois tipos de disparadores em seu interior: térmico e magnético, isso significa que em caso de sobrecarga ou curto-circuito em qualquer uma das fases que alimentam o motor, o circuito é seccionado e o motor elétrico não sofre danos.

Disjuntores Motores

Além destas proteções, o Disjuntor Motor possui um disco de regulagem de corrente para se adaptar a sua carga de trabalho e, em alguns modelos, também existe um mecanismo sensível àfalta de fase. Ou seja, caso haja uma queda de corrente em qualquer uma das fases conectadas ao motor, o circuito também é seccionado.

Estes dispositivos são perfeitos para partidas de motores, pois são construídos para lidar com as altas correntes de pico durante a partida de motores e também podem ser utilizados como dispositivos de manobra, por possuírem chaves comutadores na face do dispositivo.

  • DPS – Dispositivo de Proteção contra Surto

Este equipamento é dedicado a proteção de circuito elétricos contra grandes descargas elétricas. Um grande exemplo desse fenômeno são os raios, descargas atmosféricas com tanta energia que podem facilmente queimar diversos equipamentos até em grandes instalações.

Dispositivos de Proteção contra surtos

Existem diferentes modelos de DPS, mas todos operam de forma semelhante. Quando instalados, estes dispositivos são conectados às fases da rede elétrica e ao seu sistema de aterramento. Caso ocorra na sua rede uma grande descarga de energia, o DPS rapidamente fecha um curto-circuito com o sistema de aterramento. Assim, ele amortece para uma tensão compatível com os aparelhos eletrônicos, evitando que eles queimem.

Por ser um mecanismo de ação rápida, os DPSs atuam antes mesmo que os disjuntores possam seccionar o circuito. Portanto, se você quer garantir a proteção de suas instalações e equipamentos contra descargas elétricas, os DPSs  são indispensáveis.

  • IDR – Interruptor Diferencial Residencial

Chegamos ao fim da listagem, com um dispositivo dedicado principalmente à proteção de pessoas, o IDR ou Interruptor Diferencial Residual. Apesar do nome, sua função principal é simples: evitar choque elétricos. Mas como ele faz isso?

Os IDRs previnem os choques elétricos monitorando a corrente de fuga da rede elétrica, seccionando o circuito e interrompendo o fluxo de corrente, caso o limite de 30mA seja ultrapassado. E por que um limite de 30mA? Pois a partir dessa intensidade de corrente, em caso de choques elétricos, um ser humano já corre risco de vida.

Interruptores Diferenciais Residuais (IDRs)

As fugas de corrente podem acontecer por diversos motivos, que variam desde conexões elétricas mal feitas e fios desgastados, até choques elétricos com operadores e pessoas próximas à instalação.

Importante: IDRs previnem a fuga de corrente, mas não curto-circuito. Por isso, o uso de IDR não dispensa o uso de disjuntores na rede.

Existem dispositivos com ambas as proteções? Sim, os DDRs ou Disjuntores Diferenciais Residuais, possuem ambas as funções em um único dispositivo. Ou seja, além de prevenirem fugas de corrente, também atuam como disjuntor, evitando curto-circuitos.

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